quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Q u e s t i o n

Se a Interrupção Voluntária da Gravidez é legal até às 10 semanas de gestação, porque é que um dos hospitais, que supostamente a realizaria, reencaminha uma paciente para uma clínica particular na capital?!

Não sou eu, não amores... Mas está-me a afectar como se fosse!
E a raiva que me dá este sistema nacional de saúde ABORRECE-ME!

bah...

3 comentários:

  1. Totalmente em desacordo contigo. O que mais me enojou nessa lei não foi o facto de terem despenalizado (fizeram muito bem em despenalizar) mas foi o terem enviado esses casos para os hospitais públicos. Para além de cada aborto custar mais de 400 euros aos contribuintes, já viste a quantidade de meios e recursos médicos que dispuseram ao serviço de gente que usa o IVG como meio contraceptivo?! E quem realmente está entre a vida e a morte?! Têm de esperar, muitas vezes até morrem na lista de espera.

    É lamentável que num país com os problemas de sistema de saúde que tem, aceitar os abortos nos hospitais públicos. Os contribuintes deveriam ter sido questionados no referendo se estavam dispostos ou não a financiar essa matança. Tenho a certeza que essa pergunta tivesse sido feita em vez da que foi, o "não" teria vencido.

    Despenalização?! Sim, obviamente!
    Nos hospitais públicos?! Nunca.

    Lamento não ter ajudado na questão que fizeste.

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  2. Martini, desta vez discordamos! (foguetes!!! lol)
    Falas muito bem, acho que sim, diria o mesmo que tu, se não visse utilidade nenhuma no facto de haver atendimento para estes casos nos hospitais.
    A verdade é que sendo mulher interessa-me ter esse serviço ao meu dispor num hospital público. Não sei qual é o dia de amanhã, nem mesmo sei, se tenho a coragem de fazer uma IVG, sei que se precisar, vou estar tão nervosa que não vou ter frieza para ligar para 2 hospitais, um centro de saúde, uma clínica privada, deslocar-me da minha localidade e ficar lá internada.
    Quanto às pessoas que usam a ivg como método contraceptivo, há sempre ovelhas negras no rebanho e depois pagam todas pelo erro de meia dúzia. É justo? também não...

    Quem, realmente, está entre a vida e a morte, dependendo da especialidade, tem com certeza prioridade no atendimento.

    Caso a pergunta do referendo tivesse sido formulada como dizes, o "não" tinha vencido, com certeza, e as mulheres apenas por poderem mandar no seu corpo e na sua vida seriam apontadas como criminosas clandestinas. Se o "sim" tivesse, ainda assim, vencido, o aborto seria um procedimento de elite, então.

    Quando tomamos contacto com os casos, acredita, tudo o que facilitar ajuda... Neste caso, a falta de informação concreta e real dos passos a seguir é o maior empecilho...

    Beijoca meu querido

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  3. O serem feitos numa clínica privada não os tornaria para as elites, se o governo colocasse um topo (os tais 400 e tal euros que custa aos contribuintes no público) da mesma forma que existem acordos entre ambas as instituições para várias intervenções, e isso poderia fazer os prevaricadores pensarem duas vezes ou no mínimo serem mais responsáveis, mas na bandalheira que é este país, não admira que seja o contribuinte a arcar com isto.

    Quando soube dos cortes na saúde pensei logo que o governo iria mandar os abortos para o privado, mas parece que ainda nao será para já. E este problema não tem haver com o género mas sim com a consciência de todos. Elas não engravidam sozinhas, ambos deveriam pagar pelo aborto. Dava 200 euros a cada um, e as famílias poderiam ajudar, assim num género de "vaquinha". Nada de outro mundo.

    beijos, minha querida.

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