sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Era uma vez uma menina, doce e ingénua, cujos olhos brilhavam mais que a água e o sorriso iluminava outras caras.

Cresceu, mudou e o seu coração gelou.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

S o n o _ S a r c a s m o _ e _ C r i s e

O pessoal da Troika vem mais uma vez a Portugal.
Chegados ao aeroporto, têm à sua espera um motorista do Estado, num grande Mercedes. Após algumas voltas pela cidade, concluem que raras são as pessoas na rua, e as poucas que há, andam impecavelmente bem vestidas.
L a g a r d e pergunta ao motorista: diga-me uma coisa, as pessoas andam tão bem vestidas, o país está melhor?
M o t o r i s t a, com um ar muito abalado: não, muito pelo contrário... morreram...
L a g a r d e: morreram?? mas morreram como?
Motorista: ora... Passos...
L a g a r d e: Passos? Não me diga que os combustiveis subiram tanto, que de tanto se deslocarem a pé morreram de dores?
M o t o r i s t a: antes isso, não senhora...
L a g a r d e: então? conte-me, que passos foram esses?
M o t o r i s t a: Então, é simples, os combustíveis subiram, e o sr ministro retirou dois subsídios à função pública, os combustíveis subiram, e sr ministro subiu os impostos, os combustíveis subiram e o sr ministro retirou salários aos privados, e os combustíveis voltaram a subir...
L a g a r d e: espere! Agora, as pessoas andam mais a pé, isso é bom não é? é saudável... Mas assim, não entendo, o sr diz que as pessoas morreram por Passos...
Motorista: deixe lá os combustíveis, a isso já nós nos habituámos...
L a g a r d e mostra-se incrédula
O m o t o r i s t a responde: As pessoas não resistiram foi às medidas, do P a s s o s _ C o e l h o.


Por: Venúsia Maria, de seu pseudónimo artístico.
Seja a história boa, ou má, é o que há...

sábado, 8 de setembro de 2012

C o n v e r s a _ d e _ c a f é

Para aqueles que não sabem, deixei de ser universitária e actualmente sou desempregada.
Para reverter a situação de pobreza, ando a concorrer a o f e r t a s _ d e _ e s c o l a  para  e s p a ñ o l   e como tudo o que se vê neste país, nada me contenta mais, do que ver a trafulhice que as pessoas fazem, para ficar à frente de quem de direito, como eu...
Muitos de vós não devem perceber do assunto e por isso não me vou alongar na contextualização, deixo-vos então a conversa:

Amigo 1: então Venúsia, viste as novas medidas que o Passos anunciou?

Eu: não, mudei logo de canal antes que a dor de cabeça piorasse, passei a tarde a ver as listas e as trafulhices que lá vão... Gente de Educação Física, que com mais tempo de serviço aumenta a graduação e passa à frente de profissionalizados do grupo em questão, que é de línguas! Oh pá não acho normal...

Amigo 2: ai, eu só queria um horário qualquer...

Eu: eu, com o de 22h já faço contas à vida... eram 800€ e pouco, líquidos e deslocada... Bem, agora com os cortes... nem sei o que me resta...

Amigo 2: Oh, sabes o que te resta? Vais ver o teu estrato bancário, olhas para o depósito e pensas "olha o meu pai pôs-me 300€" vês a entidade e dizes: "merda, é só o ordenado"

LOOOOL  
Eu: não, melhor! Quando me pagarem eu ligo para a escola e pergunto porque raios, é que alguém desbloqueou um depósito para a minha conta, não era preciso... Eu gosto de lá ir passear, aquilo não custa nada e é por prazer! Até me ofendem com um pagamento pelos meus serviços...

Enfim, com a trafulhice que vejo a cada lista que sai, é dor de cabeça, o eczema a voltar, por causa do stress e as teclas do pc gastas de tanto refresh, pesquisa de escola e os nomes dos trafulhas.


Ah. E não me venham com o "cada um faz o que pode" se me vierem com essa vão ver quem os fode!!!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

D e t e s t o _ g e n t e _ p o b r e

Juro, irrita-me até mais não!
Gente pobre de espírito, gente pobre em educação e boas maneiras, gente pobre que não tem um pingo de vergonha na cara, gente que não sabe o que é EMPATIA, e que apenas olha para o seu umbigo. ABOMINO!!!
É gente, que pode não ter dinheiro, mas alia a inteligência e a esperteza para extorquir dinheiro aos pobres que não usufruem sequer de um rendimento mínimo. E são tão espertos, que se tivessem oportunidade de tirar um curso, eram capazes de fazer grandes carreiras na política ou como burlões qualificados, ou as duas coisas, porque afinal é isso que acontece...


Isto tudo, porque já não posso com um cigano que mal me vê, corre para o meu carro a pedir-me esmola para ir comer.
Eu tirei um curso, sim, mas não confundam isso, com ter dinheiro, não sou nem a madre Teresa de Calcutá nem o Cavaco Silva. Uma coisa é ajudar hoje, outra coisa é apadrinhar um filho e alimentá-lo todos os dias!!! Eu nem tenho cão nem gatos para não gastar dinheiro em ração, agora tenho um cigano a regatear todos os dias comigo, para lhe dar dinheiro para comer?!

Detesto gente pobre, que não sabe dar valor ao que tem. Que ele na certa tem, choram choram, mas quando vão levantar o rendimento social têm ordenados melhores que o dinheiro que entra na minha casa para 3 pessoas...

Vá, e agora, podem chamar-me aquilo que quiserem.. Estou-me a borrifar se acham que sou racista.
Aquilo que eu acho, é que eles, por serem de outra etnia, têm mais regalias do que nós. Ora, eu, porque optei por ser professora e andar de terra em terra, também quero um rendimento como o deles e o ordenado, se não, vou dizer que estão a ser racistas comigo!
Porra prás raças! Nunca liguei a isso, mas a partir do momento em que uns têm mais direitos que os outros, a raça menor é que passa a ter menos benefícios.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

C a m i s o l a _ A m a r e l a II

Parece que a dieta da sopa já era... Já me estreei nas pizzas, nas massas e amanhã acho que vou tentar ir ao MAC... hehehe Só o raio do café é que continua a cair mal... Estou desgraçada! (olha o melodrama, da ressaca de cafeína, a falar mais alto lol)

Bem, comida à parte, lembro-me de vos ter prometido que vos contava uma história de um camisola amarela (clique, se desconhece o significado venusiano de camisola amarela):

Venúsia Maria foi de férias à santa terrinha e como as amigas estão casadas, com filhos e emigradas, resta-me senão fazer a vida familiar do lar e dos mandados à loja... Pois, uma grandessíssima seca!!! Vai daí, que quando me aparecem lá os primos da mesma idade, também de férias, aí vamos nós!!! :P Fazemos os três, grandes serões na conversa, actualizamo-nos e bebemos que é uma alegria.
Num dos encontros, fomos comer uma mariscada alentejana (que para quem não sabe, o ingrediente base é lagostim, do A l q u e v a ), com muita cerveja a regar e nisto, aparece por lá um filho da terra, que está emigrado e por acaso é amigo do meu primo R. Desde logo, o R convida-o para ficar por ali, e o rapaz (na casa dos 30 e poucos anos) puxa a cadeira e abanca. Não sei bem como, começa a "engraçar" comigo... Gabou-me a capacidade de beber cerveja sem descuidar a pose, elogiou-me a beleza e ainda teve tempo de estabelecer a ementa para o nosso casamento, com carne do gado que o pai tem... Aquilo ia avançado e eu, apesar de não achar graça, ria (quem sabe se da cerveja ou do estapafúrdias que me pareciam as ideias dele), quem me conhece, sabe que detesto ser indelicada e dar negas frontais, mesmo que seja a minha vontade.
O lanche, à beira da barragem, foi animado, mas combinámos logo ali que o convivio se iria prolongar, depois da hora de jantar, no bar mais badalado da terra.
Assim foi, os queridos primos lá me foram buscar de carro, a casa e depois no bar, mal acabam de chegar as cervejas à mesa, quem é que aparece? O camisola amarela AKA emigrante, e eu penso para os meus botões: "Outra vez não...". Conversa puxa conversa, gaba-me a capacidade para a bebida e avança uma pérola "era uma mulher assim que eu queria para mim, bebe bebe e parece que não é nada com ela" e eu, lá me ria, sem dizer sim, nem não...
Com isto, eles convidam-no a sentar-se connosco, mas ele tem uma ideia melhor: "eu sento, mas a próxima rodada é na minha casa!", claro que os meus primos aceitam logo, e eu acabo por ir com eles...
Cenário: estou eu, os meus dois primos, o camisola amarela e um casal de namorados amigo.
Apresenta-nos a casa, diz que a decorou e manda-me umas indirectas, que de indirectas não têm nada, tais como: "olha o nosso quarto, é bonito não é?" e eu, enfim, vá de rir...
A noite continuou na varanda da casa, bem arranjada, baloicei-me numa cadeira xpto enquanto conversavam e entretanto, o rapaz pediu se alguém arranjava o meu número de tlm, não abri a boca, mas ao que parece, sem eu saber um deles deu-lhe o meu número...

o resto, eu depois conto, que isto está a ficar comprido e eu tenho de ir jantar. :P