Porque lhe chamou tela…
Tinha um pincel,
Não usava tinta
mas “pintava” nela.
E perguntem pois,
Perguntem e com razão:
Que raio de obra desejava ele pintar
Sem tinta?
Sem tinta que pintasse nela?
Não contem que vos conto…
Xiiiiu…
O pincel não era de pintor
E ele pintava a chá…
E não,
não era uma aromática aguarela!
Pintava a chá pra marcar a tela…
Pra marcar.
Marcar sem pintar.
Não contem que vos conto…
A tela tinha vontade própria!
Mudamente, pedia pra ser pintada.
E…
Não contem que vos conto…
No vaivém do pincel residia o seu prazer…
?!Seria pois o Prazer
A pintura que o pintor pretendia pintar?!
Não contem que vos conto…
Diria que esse pintor é um atentado aos meus sentidos
Até porque o chá…
O chá chega-me em pinceladas erógenas…
Escorrendo quente…
!!!Não me dá tento para pensar
Em respostas pra vos dar!!!
Apenas algo deambula dentro dela!
Algo que não é tinta,
Algo que não é chá,
Nem pincel,
Nem pintor…
Só o desejo…
de continuar a ser para sempre tELA!

e dizes que andas sem inspiração...
ResponderEliminarfónix! poderosa prosa, amiga! poderosa e cheia de significados, como eu gosto!!! ;)
ele já andava desorientado
ResponderEliminarcom saudades da sua tela
e da pintura a aguarela
ele não sabia o que fazer
andava desorientado
ocupado
mas sem ela,
sem a tela,
e sem a aguarela
sentia-se amargurado
às vezes não podia pintar
tinha que trabalhar
mas quando tinha tempo
já não era o vício
era o prazer que ele queria saciar.
ora pronto!
Parece tang! poesia instantânea! :D
:) poesia instantanea que sabe bem!
ResponderEliminar(pausa pra babar depois da leitura)
adoro!
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