segunda-feira, 20 de outubro de 2008

I L H A

Deitada és uma ilha E raramente

surgem ilhas no mar tão alongadas

com tão prometedoras enseadas

um só bosque no meio florescente



promontórios a pique e de repente

na luz de duas gémeas madrugadas

o fulgor das colinas acordadas

o pasmo da planície adolescente



Deitada és uma ilha Que percorro

descobrindo-lhe as zonas mais sombrias

Mas nem sabes se grito por socorro


ou se te mostro só que me inebrias

Amiga amor amante amada eu morro

da vida que me dás todos os dias



David Mourão-Ferreira

4 comentários:

  1. Lindo! Grande David.

    Obrigada Vesúvia.
    Beijinhos

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  2. um momento de poesia cai sempre bem :)

    beijinhos Patricia

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  3. Pois que a poesia é muito inspiradora...mas...tu tens uma bichana espanhola???
    ahahahahhhaha
    Com esta partiste-me toda, pa!

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  4. uma bichanaaaaa? ná! cruzes caredo filha!
    eu tenho mais que uma bicha, mas nenhum é espanhol lol

    na parte final a negrito, é só trocar os "a"s por "o"s porque eu gosto é de pilas :P

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